Dislexia
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Janeiro 29, 2025As Emoções São um Tormento, um Fardo?..…Nada Disso!
O que seria a felicidade sem emoções? Quando procuramos a felicidade não se trata em primeiro lugar de encontrar um certo estado emocional? Inversamente, ser infeliz não é sentir-se atormentado ou abatido por emoções sombrias?
E depois, quantos erros cometidos “sob a influência da emoção”?! Mas também quantos outros evitados por termos sabido estar atentos às nossas emoções ,e às de outros…
A emoção pode ser entendida como uma reação de todo o nosso organismo, com componentes fisiológicas (o nosso corpo), cognitivas (a nossa mente) e comportamentais (as nossas ações). As emoções mergulham-nos na angústia ou no êxtase, acompanham e provocam por vezes tanto os nossos sucessos como os nossos fracassos. Não podemos negar a sua força e a sua influência nas nossas escolhas, nas nossas relações com os outros, ou na nossa saúde.
A arte está em moderar essa força!
Imagine um mundo em que se procura banir toda a emoção desagradável ou demasiado intensa (filmes já retrataram este cenário e também foi tema do livro de Aldous Huxley “O Admirável Mundo Novo”), inclusivé o amor. Se alguém se sentisse perturbado, frustrado, ciumento ou vagamente apaixonado – a solução estaria ao alcance de todos e bastaria tomar uma pílula mágica, que pôe a pessoa em “sofrimento” bem humorada sem diminuir as suas capacidades.
Se este medicamento estivesse disponível nas farmácias, de venda livre, que decisão tomaria?
Como seria a nossa vida num mundo como este? Que vantagens teríamos?
– Afastar o medo de falar em público ou declarar o que sente, com uma calma que maravilha os outros;
– Assistiria ao desaparecimento das cóleras explosivas que o levam a dizer coisas irreparáveis ou de cóleras recalcadas que o corroem por dentro;
– Perante o fracasso não sentiria tristeza nem desânimo, ficaria imperturbável!;
– Poderia ver o êxito dos outros sem inveja e viver numa relação sem ciúme;
– Não sentiria qualquer embaraço após um passo mal dado, nem vergonha das suas fraquezas, visíveis ou ocultas,
– Enterraria as palpitações, as lágrimas, dores de barriga e de cabeça, rubor e palidez, mãos húmidas ou trementes e outras manifestações somáticas;
– Não ficaria cego pelo amor ou pela alegria, nem cometeria mais erros “sob a influência da emoção”.
Depois de enumerados alguns benefícios, estaria disposto a tomar tal medicamento? Pense bem.
Os “efeitos secundários” em caso de uso prolongado seriam:
– Indiferença, desinteresse, inatividade, sensação de vazio;
– Comportamentos de risco para o próprio e para outros;
– Perturbações da memória e de apreciação;
– Dificuldades de relacionamento, comportamentos inapropriados com a sociedade;
Posto desta forma, esta pílula não parece assim tão apetecível, verdade?
Sem dúvida que a sua resposta dependerá da maneira como considera as suas emoções: inimigas, que o colocam em desvantagem…, ou aliadas, que lhe proporcionam energia…
Founder & CEO PTSD Center